terça-feira, 16 de agosto de 2016

Um cardume estranho no Rio

 
Seja de piranhas ou palometas, esses cardumes não são deste Rio
  A segunda maior economia da federação é, analogamente falando, um Rio de dinheiro para os peixes graúdos. Por isso querem entrar nesse rio de qualquer forma. O fato de ter sido por quase duzentos anos -- duzentos longos anos! -- a capital da colônia, reino unido, império e diversas repúblicas, pode ser a explicação desse fenômeno; por que esses peixes tão estranhos insistem em nadar no nosso rio. Pesa também o fato de nossa sociedade ser bastante cosmopolita, com gente de todos os cantos do país que buscavam aqui uma forma de escaparem das condições difíceis na sua terra natal, e logo esse eleitorado tem uma visão de unidade nacional que pode ser expressa nas urnas para um peixe gatuno do tipo Lindberghiano, por exemplo. Em outras águas também pode acontecer o mesmo, mas as barreiras são maiores; e dificilmente um peixe vai conseguir superar um tiririca.
O Rio é o País dos fluminenses 
   O primeiro peixe grande que invadiu este rio veio do sul, não usava bombacha, mas seu lenço vermelho no pescoço angariava simpatias dos populares. Esse tal de brizola fez um estrago enorme: deixou a capital entregue à criminalidade, pois assim como Marx, achava que todos os trabalhadores eram "amantes do saber"; essa visão onírica das massas não contempla o caráter dos indivíduos, que desviados, explicam a explosão da violência e delinquência a partir do momento em que políticas populistas emotivas e tendendo para a ingenuidade da razão se tornam a ordem desenvolvimentista. A História política da República Federal brasileira é repleta de populismo, e lógico é imaginar que um dos seus filhos mais nacionalistas também o seria. Então, se este Rio vai mal, tem uma explicação lógica e racional no populismo brizolista: as favelas, cujos índices de desenvolvimento humano chegam a níveis africanos, devem muito a esse peixe gaúcho, não por que fez algo em prol da população mais carente, e sim porque como todo bom socialista, fez questão de multiplicar os pobres, o seu fiel eleitorado e fonte de legitimação de poder.
 
A vergonha para o nosso Rio
 Uma figura caricata da política fluminense é o "herói " dos caras-pintadas, o lindibergh farias, o dito "Lind" -- O Rio é Lind uma ova! --, e mau caráter nele se vê de sobra. Ainda custo a imaginar como quase três milhões de eleitores puseram aquele sujeito para nos envergonhar no senado depois de ele ter praticamente falido a prefeitura de Nova Iguaçú. Pobre povo de Nova Iguaçú, será que não aprenderam com os cariocas que rejeitaram esse peixinho duas vezes na prefeitura? Vamos crer que sim! Hoje, suas performances no senado são as mais vergonhosas do que a arte contemporânea apelativa sexualista bizarra; ele não tem vergonha de assumir a desonestidade a cada vez que tenta debater com a oposição: mente, manipula, nega e acusa aos outros daquilo que ele próprio é ou faz. Nunca explicou as propinas que recebeu, como todo bom esquerdista, e se defende acusando aos outros. Esse não deveria nunca ter saído da Paraíba, seu estado natal, mas que não se interessa por ser demasiado pobre e sem muita importância na federação para poder obter grandes lucros.
 
Representado por 150 mil votos de seus semelhantes 
Agora, imagine um sujeito que não tem uma sanidade emocional adequada para suportar a política e seus debates repletos de argumentações, cobranças,  críticas e vaias? Pensastes corretamente se pensate no Jean Wyllys. O parlamentar é vitimista, procura censurar a cada um que o contesta com os seus conhecidos chiliques coitadistas de vitimização constante onde põe a sua sexualidade acima da razão. Não é demais perceber que o deputado pelo psol, os socialistas mais hipócritas da esquerda cultibacaninha da zona sul, se acha fortemente intelectualizado e mentalmente mais evoluído que todos os outros. Mas não,  chiliques não são demonstrações de intelectualidade, são uma atitude covarde de quem quer o poder através do coitadismo. Isso era de se esperar de alguém que ficou famoso num programa patético de TV,  o BBB, fazendo as suas cenas vitimistas. ainda custa me acreditar que esse peixe exótico, colorido e peçonhento saiu de lá da Bahia para conquistar os incautos eleitores pós-modernos aqui -- que são guiados pelas emoções do politicamente correto, e não da  razão. Certamente este nosso rio tem algumas coisas que não tem por lá, e conforta saber que representa menos de 200 mil eleitores daqui; seria amargo saber que existem mais pessoas do que isso em nosso Rio dispostas a alimentar esse peixe faminto, que diga-se de passagem, acha pouco o salário de deputado federal custeado pelos nossos impostos.
 
Brizola 2: o cigarro de cannabis não esconde um dos seus motivos de se tornar no governador do Rio 
 E como se tudo isso não bastasse, mais um peixe gaúcho vem querendo nadar nas águas do nosso Rio: o Tarso Genro do PT, pai da Lulu Genro, do psol, partido do peixe do parágrafo anterior. Ele arruinou as finanças do Rio Grande do Sul e obviamente os gaúchos não o reelegeram. Como todo bom parasita do erário, não perdeu tempo em lançar-se numa nova empresa: manifestou o interesse de se candidatar a governador do Rio de Janeiro, já que o Rio Grande encolhera com sua administração péssima. Dá-me alergia saber que pode ter no mínimo um apoiador neste nosso Rio. Porém, será difícil para esse peixe ter o mesmo sucesso que o seu outro conterrâneo chupim, o brizola; nem no próprio partido ele teve apoio, e o povo fluminense aprendeu a não confiar na "pureza" e "garra" desses populistas gaúchos. Felizmente.
   Essa é a forma como esses peixes vêem o Rio: um Rio de dinheiro disponível para nadarem quando quiserem enquanto nós temos que remar como prisioneiros das galés romanas. Nenhum outro lugar do país recebeu tantos políticos (ruins) de fora quanto o Rio de Janeiro; e que não têm preocupação nenhuma com esta terra a não ser com a lucrativa carreira política. Já basta ter que aturarmos os nossos. Que voltem os peixes grandes a nadar n'outros rios!
  Pela independência do Estado do Rio de Janeiro e por uma nova política dos fluminenses para os fluminenses. O Rio não é mais a capital do Brasil; não é um feudo! 

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Separai-vos!


"Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!"

   A frase acima é o final que resume a obra de Karl Marx, o manifesto comunista, uma espécie de bíblia comunista que possivelmente iniciaria no mundo uma onda revolucionária movida pelos trabalhadores que, nas suposições da lógica cíclica do próprio Marx, faria a Revolução Francesa parecer uma "brincadeira" de crianças. O livreto do filósofo alemão é um emaranhado de meias-verdades e grandes equívocos, intencionais ou não.
   Primeiramente, marx, em sua dialética materialista, prezava pela luta de classes como a única fonte de conflitos que a humanidade, e fazia crer que as motivações do homem histórico era de motivações puramente materialistas. Certamente para Marx, a saída do povo judeu do Egito de volta para sua pátria não tinha outra conotação além da libertação da escravidão, como se o país de seus antepassados não tivesse importância nenhuma além de um local de refúgio; esqueçam os laços afetivos imateriais que o povo hebreu tinha com a sua amada Israel, um país muito mais que simbólico para eles. Esqueça também as aspirações de liberdade que os povos almejavam quando ainda estavam  (ou estão ) dominados pelos grandes impérios, pois para marx tudo não passava de um conto de fadas inventado pelos burgueses para explorar a mais-valia dos trabalhadores em cada um dos territórios dominados pelas supostas elites. A ele não interessa o amor que um homem rico, um nobre, um camponês, um artesão, um artista, um trabalhador comum possa ter pela sua pátria, pela sua região ou qualquer outro pedaço de terra que anima no ser um sentimento imensurável que justificasse a existência dos estados nacionais.
Protestos na Venezuela: o socialismo na prática produz distopias, diferentemente da utopia apregoada 
   O filósofo alemão acreditava que todos os trabalhadores deviam se unir em torno de uma revolução de proporção internacional para alcançarem seus objetivos enquanto classe dominante. Não se sabe como ficaria a situação dele e de Engels, caso essa revolução instaurasse a ditadura do proletariado, posto que ele nunca havia pisado numa fábrica, vivia sempre de uma renda que não era à sua, propriamente dita; viveu à custa do pai burguês, da esposa aristocrática (que ele traiu com uma criada), e mais tarde de seu amigo Engels, que era um burguês bem sucedido,  e explorava a mais-valia que acreditava ser a fonte do lucro.
   Marx achava que as massas deveriam compartilhar uma espécie de cérebro em comum, e que os indivíduos, com anseios diferentes, tinham de ser esmagados pelo coletivo social em nome de uma sociedade utópica e auto-governável; como se cada trabalhador devesse pensar igual aos outros, e não tivessem anseios de possuir a sua própria propriedade, um negócio baseado no lucro do esforço pessoal e dedicação, um patrimônio para que os filhos desfrutassem como herança e que cada geração visse os seus respectivos países melhorarem socialmente. Foi o capitalismo o responsável pelo aperfeiçoamento das nações, dos povos que hoje são referência no quesito padrão de vida, não as lutas "revolucionárias" socialistas. Aliás, estas últimas só produziram distopias.
  O comunismo na sua tentativa de implantação a partir da União Soviética provou o quanto é maléfico para as pequenas soberanias -- se não fora bom nem mesmo para os russos --, os tártaros da Crimeia fora varridos de sua terra natal pelos comunistas; os ucranianos pereceram num holocausto fa médico  silenciado pelos acadêmicos até hoje, que tem a ousadia de negá-los, ou quando muito, justificá-los. Nem me alongar vou na questão do Leste europeu, onde os países eram apenas fantoches da URSS, sofrendo pesadas represálias da pátria-mór do comunismo caso tentassem de alguma forma serem mais autônomos.
  Quanto a vida dos trabalhadores nesses regimes, ela piora. Somente uma elite política e ligada ao Estado colhe seus benefícios, mantidos pela exploração dos trabalhadores que dizem defender dos tiranos capitalistas.
  Os tempos mudaram desde que Marx desejava com seus emaranhados filosóficos capitanear um novo período revolucionário que faria a Revolução Francesa parecer uma brincadeira de criança. Foi justamente nos países capitalistas com maior liberdade individual, econômica e com amplo direito garantido à propriedade que os trabalhadores atingiram uma qualidade de vida inimaginável até décadas atrás. Isto graças à livre iniciativa do capitalismo, não a processos revolucionários muitas vezes violentos que se mostraram incapazes de garantir o verdadeiro bem estar social. Mas os revoltados marxistas não se dão por vencidos, e investem agora nos grupos cujas reivindicações ultrapassam as fronteiras nacionais, fazendo com que um ambientalista anti-capitalista [ou qualquer outro credo baseado nas representações das minorias]  inglês grite no seu idioma pátrio quase a mesma coisa que o seu congênere sulamericano; o que a título de exemplo, os aproxima para se aliarem e gritarem aos restantes: UNI-VOS! E justificaria mais uma vez a suposta inutilidade das fronteiras nacionais nesse período pós-moderno.
  É claro que estrategicamente não são estúpidos, e por isso mesmo costumam por vezes apoiar a criação de novos estados nacionais quando se tem um provável antagonista em comum; como é o caso da Catalunha e da Palestina, por exemplo. E tão logo voltam a achar um absurdo que haja no Brasil movimentos independentistas...
   A conclusão a que se chega é que o marxismo não é amigável para com as aspirações autonomistas, visto que este representa uma união utópica de uma provável classe em nome do bem comum; mas que os benefícios de sua prática só são viáveis para as classes estatistas que do Estado forte se nutrem num caráter parasitário muito maior que qualquer estado absolutista do passado tenha sido. Um estado mundial não é a solução para os problemas da humanidade, e sim a sua expansão a lugares antes seguros dos males estatais. Os marxistas continuam a investir na luta de classes, agora mais difusas, para justificarem o fim das soberanias nacionais em nome de um Estado global forte.
  POVOS DE TODO O MUNDO, SEPARAI-VOS! Pois só a competitividade e iniciativa individual provam que é possível haver colaboração econômica suficiente para conduzir as inovações advindas da dinamização das autonomias dos povos livres!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O Reino Fluminense: uma solução Real?



  Em 1905 surgia um novo país na Europa, a Noruega. A separação se deu em relação à Suécia, uma monarquia já consolidada na península escandinava. Diferentemente dos países que se tornavam independentes à altura daquela época, a Noruega não se tornou uma república, tal como era a moda nacionalista a cada novo país que surgia; e também não se pode colocá-la ao par da igualdade dos regimes monárquicos de Alemanha e Itália, pois estes dois países surgiram do fruto de uma unificação questionável, visto que soberanias menores foram suprimidas arbitrariamente para a realização da unificação.
O Brasil, na América do Sul também foi exceção quando se separou de Portugal, optou por conservar-se numa monarquia que mantivesse a sua unidade territorial. Dificilmente isso ocorria com sucesso, e não tardaria muito para que regimes monárquicos fossem substituídos por uma república -- muitas vezes ditatoriais, com menos liberdades do que um regime de cunho representativo como é a monarquia. O Brasil não conservou o seu regime representativo, democrático e parlamentar, diferente da Noruega, que hoje colhe seus bons frutos da estabilidade política proporcionada pelo caráter moderador de seu rei, e que se converteu em estabilidade financeira necessária para tornar o país escandinavo no mais alto degrau de desenvolvimento humano do mundo.
  A monarquia é o símbolo da continuidade e da boa governança. O monarca exerce seu poder de forma moderada entre os interesses de partidos políticos e de suas ideologias em nome das futuras gerações; não fica fadado apenas a um mandato. A república, devido a natureza mandatária de seus governantes, não é um regime adequado para a continuidade, uma vez que os governos são limitadas apenas aos mandatos de caráter pessoal; e geralmente terminam as obras de um determinado governo quando outro se inicia. Na monarquia, muitas vezes as boas políticas se tornam políticas de estado, e não somente a determinados governos e seus partidários; é por isso que mesmo a Suécia e Noruega tendo governos socialistas, estes nada podem atentar contra a ordem estabelecida pelas políticas de Estado -- e até hoje os escandinavos colhem também os frutos do liberalismo econômico de seus governos pretéritos (e de certa forma vemos hoje os socialistas receberem os parabéns por já terem tudo aprontado para si; "com bons ventos qualquer um pode navegar").
O palácio Quitandinha em Petrópolis, cidade imperial.
  O Brasil não tem a sua monarquia desde 1889, antes da independência da Noruega, mas ainda existe os descendentes de d. Pedro II, o único chefe de estado decente que o brasil teve em toda a sua história. As coisas mudaram muito desde que a antiga majestade fora deposta por um golpe militar apoiado por uma minoria de republicanos que pouca representatividade tinham no parlamento. Desde então os povos brasílicos vivem num paradigma, onde a república simboliza o progresso e governo de representatividade popular, e a monarquia O atraso e as "elites". Mas a história confirma o contrário: o Brasil passou mais tempo sob domínio de governos autoritários e de representação mínima. A monarquia preza pela moderação, e está acima dos interesses de determinados setores políticos e sociais; é um regime essencialmente apartidário.
  Creio que o melhor sistema para um novo país que surge, tal como a Noruega, seja mesmo a monarquia. Um Rio de Janeiro independente e organizado sob a forma representativa da monarquia é a segurança necessária para que as boas políticas continuassem além dos interesses políticos dos partidos e das alianças. Seria uma forma diferente e eficaz de organização do novo país, já que uma república estaria fadada a representar em menor escala o que há de pior na política brasileira; não é exagero observar a quantidade e a qualidade dos políticos fluminenses com severidade e reprovação, que nos envergonham diariamente a cada vez que aparecem em algum escândalo.
A Quinta da Boa Vista com o museu homônimo ao fundo.  Durante muito tempo foi a residência da família real na época do império. Foto: Guiga Pirá.
   O Rio de Janeiro já foi a capital de um império colonial, com a corte de Lisboa aqui instalada, e também a capital do império do Brasil. Há nesta terra uma vocação para um regime monárquico, e pode muito bem ser aproveitado para a organização do nosso País Fluminense; um reino independente e diferente do Brasil, com os seus separatistas majoritariamente interessados numa formação republicana. Resta saber se algum descendente de d. Pedro II estiver interessado em assumir o trono do pequeno reino, pois duas casas reais o Rio possui: a Casa de Vassouras e a Casa de Petrópolis. Quem sabe o museu da quinta da Boa Vista volte a se tornar na residência de sua majestade? É bom que deixemos o trono disponível para o futuro monarca desse novo país. E o palácio do Catete, se bem aproveitado, poderá se tornar a sede do executivo do reino. Há ainda muito que salutar pela autonomia política fluminense, mas é um caso consideravelmente positivo para esse novo país se organizar em torno da monarquia; basta olharmos para o exemplo norueguês. Eles não devem ter se arrependido de ceder a chefia da nação a um monarca hereditário em vez de um presidente mandatário.
Vassouras durante o "Império do Café"





quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Royalties e independência!

*Royalties e independência!

   A respeito de dispormos de uma grande reserva de petróleo, não é esta comoditie que seria a chave do desenvolvimento, e sim as ações individuais e coordenadas que movimentam a economia sem depender de apenas uma atividade ou um produto; pois a história econômica do Brasil mostra que o açúcar barateou, o ouro esgotou, o café se limitou e o petróleo algum dia acabará ou perderá a sua importância; tal como se vê na presente data desta postagem o preço do barril a valer uma cotação mínima e inimaginável para observadores de anos atrás.
 Infelizmente, o nosso estado viveu a contar com a sorte financeira das generosas cotações do "outro negro" e não soube aproveitar com eficiência outras atividades que pudessem substituir a indústria petrolífera neste momento difícil. Felizmente, a economia fluminense é mais diversa que se supõe, e seu potencial econômico para uma maior diversificação é enorme; tanto que vem atraindo empresas de grande porte que desejam aqui instalarem suas indústrias ou montadoras, como a Land Rover em Itatiaia, e a gigante dos eletrodomésticos Arno. Isto sem contar os pólos tecnológicos e de ensino, que por sua vez formam cidadãos qualificados para o mercado.
Volta Redonda: a capital do Vale Fluminense 
 A crise pela qual o Estado passa já  suscita debates acerca da dependência excessiva da indústria petrolífera. Como se não bastasse somente isso, está segunda maior economia da América Portuguesa tem que ser pilhada pelo governo federal em 1/3 do seu PIB, dos quais voltam pouco mais de 10%. O Rio de Janeiro, por mais que seus críticos queiram crer, não é um estado sustentado pelo Brasil, e muito menos por quaisquer um de seus entes federados que também sofrem das mesmas injustiças centralizadoras desta federação perversa. Apesar de termos que pagar tão caro para fazer parte do Brasil, nossos governantes ainda contribuem para piorar a nossa situação financeira a longo prazo contraindo dívidas com a união a juros vantajosos somente para o governo federal. E o pior: com o próprio dinheiro que aqui foi recolhido pelo estado brasileiro!
 Um Rio de Janeiro independente do Brasil deve ser um país dinâmico; deve ter suas próprias leis e costumes que favoreçam uma maior aproximação comercial com outras nações de forte desenvolvimento econômico. As leis brasileiras não favorecem os acordos de livre comércio com qualquer entidade estrangeira por nenhuma entidade federativa, pois estamos vassalos dos interesses de Brasília; que não custa lembrar: simboliza os interesses do Brasil, diferente dos nossos. Antes de tudo, é preciso cativar em nosso estado um pensamento mais independente do Brasil para que a independência política ocorra de fato; mostrar o quão prejudicial é para a nossa sociedade essa dependência dos interesses da capital federal, distante demais dos nossos.
 A diversificação econômica do Rio de Janeiro pode estar num contexto de autonomia em relação ao país a qual atualmente somos uma colônia. A partilha dos royalties do petróleo só mostrou uma pequena parte de como o Rio de Janeiro é tratado pelo Brasil, mas a situação vai muito além disto. Portanto, uma economia forte para um território pequeno quanto o deste estado só é possível com autonomia, um estado independente dos interesses que martirizam sua vida econômica em nome dessa união forçada, que muitas vezes não deixa esconder o seu caráter desrespeitoso e até  preconceituoso para com o povo fluminense. Como diz o ditado: o buraco é muito mais em baixo; ou seja: não é só pelos royalties! - mas os royalties tem que ficar aqui! 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

De frente pro mar, de costas para o Brasil!


  E se o Rio de Janeiro fosse um país?

A pergunta acima vem desde que eu me lembro da minha infância com a curiosidade aguçada pelos mapas, onde havia todos aqueles países de variadas dimensões, linguagens e culturas. Alguns tão pequenos como uma ilha pontilhada no mar, outros tão grandes quanto os continentes.
  Apesar de ter abrigado a capital deste ainda Brasil desde seus tempos de colônia de Portugal, o Rio de Janeiro não pode e nem deve ser confundido como se fosse a "cara do Brasil", visto que a mudança da capital para o centro do Brasil era uma ação geopolítica onde a sociedade a antiga capital não representava os interesses da nação brasileira. De fato, a sociedade carioca, em que pese ser tomada pelo patriotismo tupiniquim, não se deu conta de quanto ela é diferenciada do restante do país. E com a fusão do antigo estado da Guanabara, o cenário para uma difusão de seus valores -- que não devem ser confundidos com os valores deturpados de grande difusão --  para o Estado do Rio de Janeiro.
   Sabemos bem que países menores tendem a ser mais dinâmicos e de mais facilitada administração. Muitos dos países de território mais ou menos correspondente ao tamanho do nosso estado buscaram formas de compensar a falta de terras disponíveis, isto é se considerarmos os dias atuais. A chave para esse sucesso está na forma com que a política lida com a vida econômica: os acordos comerciais. Imaginem um Rio de Janeiro independente onde a nossa população, que diga-se de passagem, instruída, possa desfrutar das mesmas benesses do livre comércio que os sul-coreanos desfrutam, ou até  mesmo da cidade-estado de Cingapura? Prova que não é preciso ser grande para ser rico -- se assim fosse a regra, o Brasil seria um dos mais abastados países do mundo, e não mais existiriam pequenas nações.
   Atualmente, o Rio é a segunda maior economia do país, mas cerca de um terço de tudo que aqui se produz  (por mais que os escarnecedores do estado digam que não produz nada) vai para Brasília e retorna pouco mais de dez por cento daquilo que de nós foi retirado sob "contribuição" [forçada] federal. Imagine o dia em que todo esse dinheiro ficar por aqui mesmo? São mais de R $ 200 bilhões, de acordo com a referência de 2015; é maior que o PIB de qualquer estado do norte e do nordeste. Ainda pesa o fato deste estado ter que recorrer a empréstimos do governo federal para quitar seus défices, com um dinheiro que já fora retirado daqui, um completo absurdo!
   Estamos presos e escravos de uma federação que nos extorque impiedosamente e pratica agiotagem contra nós com o próprio dinheiro que nos foi pilhado; e tudo em nome desta humilhante brasilidade que nos furta a nossa liberdade. Liberdade está que seria a chave do nosso sucesso, caso tivéssemos a autonomia necessária para fazermos os acordos comerciais com quem nos aprouver. Temos um mar extenso e generoso à nossa disposição, que é o atributo necessário para se firmarem as rotas comerciais das navegações que abasteceriam os nossos portos. E isso sem contar o nosso charmoso e variado litoral que encanta os turistas do mundo todo pela sua balneabilidade quase o ano inteiro.
  Os interesses dos brasileiros são diferentes dos nossos, e enquanto o povo fluminense não se despertar para isto, ficaremos sujeitos aos interesses de um Brasil interior, tomado pelos ruralistas ou por uma parcela arrogante das cidades interioranas que olham para esta província marítima com desdém pelo suposto prejuízo que damos à imagem desse Brasil "civilizado" que eles dizem construir com o "trabalho". É por isso que a capital do Brasil fora transferida para o interior em 1960, para que essa elite política ascendente fosse servida; em conjunto com o fato de haver na cidade do Rio de Janeiro um perigo para os políticos que a esses novos interesses servissem devido ao fato da proximidade com uma população considerada rebelde. "Quem deve, teme". Ei-la distante capital no meio do cerrado; a Versalhes sulamericana que protege a aristocracia republicana positivista!
   A vocação do Rio de Janeiro é comercial ultramarina, e isso desde os tempos de colônia. Não é por acaso que a corte de Lisboa transferiu - se para esta cidade quando Napoleão Bonaparte fazia a Europa sangrar a sua revolução. A realeza de Portugal estava mantendo contato com as suas possessões na África e na Ásia através da cidade do Rio. E a capital do Brasil só faria sentido continuar nesta cidade se tivesse alguma empresa além-mar -- uma possessão importante ou, no caso da proposta do Rio independente, acordos comerciais com os diversos países. É esse comércio que trouxe prosperidade à muitas nações que hoje nos serve de modelo, muitas delas centenas de vezes menores que esse país ineficiente e agigantado a qual fazemos parte. Os empregos aumentam, os salários, as inovações... contanto que tenhamos uma classe política disciplina e em constante vigilância do povo  [será assunto para a próxima postagem]. Brasília só nos olha como mais uma de suas colônias, contando com a eterna complacência do povo fluminense, dominados por vias diretas e indiretas, que se manifesta sutilmente a cada vez que se toca o hino nacional para abrir uma partida de uma seleção decadente do "gigante" que desperta, mas volta a dormir "deitado eternamente em berço esplêndido". Fluminenses, despertai-vos para a sua maior oportunidade! Que nos ponhamos de frente para o mar, e de costas para o Brasil!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Primeiramente: NÃO É SÓ PELOS ROYALTIES!!!

A força do Rio de Janeiro 
Começa aqui, neste singelo espaço, mais uma manifestação pela independência do Estado do Rio de Janeiro, cuja chama do separatismo fora acesa pelo seu petróleo, então uma preciosa e cobiçada commoditie. Mas não se engane que o Movimento de Autodeterminação Fluminense baseia-se somente pela questão dos royalties; muito há pelo que lutar pela nossa terra, conforme propõe este espaço. E você, cidadão fluminense, cansado da República brasileira, se compartilhas da mesma opinião, sejas mui bem-vindo para juntar-se à causa e gritarmos juntos: E NÃO É SÓ PELOS ROYALTIES!