quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Royalties e independência!

*Royalties e independência!

   A respeito de dispormos de uma grande reserva de petróleo, não é esta comoditie que seria a chave do desenvolvimento, e sim as ações individuais e coordenadas que movimentam a economia sem depender de apenas uma atividade ou um produto; pois a história econômica do Brasil mostra que o açúcar barateou, o ouro esgotou, o café se limitou e o petróleo algum dia acabará ou perderá a sua importância; tal como se vê na presente data desta postagem o preço do barril a valer uma cotação mínima e inimaginável para observadores de anos atrás.
 Infelizmente, o nosso estado viveu a contar com a sorte financeira das generosas cotações do "outro negro" e não soube aproveitar com eficiência outras atividades que pudessem substituir a indústria petrolífera neste momento difícil. Felizmente, a economia fluminense é mais diversa que se supõe, e seu potencial econômico para uma maior diversificação é enorme; tanto que vem atraindo empresas de grande porte que desejam aqui instalarem suas indústrias ou montadoras, como a Land Rover em Itatiaia, e a gigante dos eletrodomésticos Arno. Isto sem contar os pólos tecnológicos e de ensino, que por sua vez formam cidadãos qualificados para o mercado.
Volta Redonda: a capital do Vale Fluminense 
 A crise pela qual o Estado passa já  suscita debates acerca da dependência excessiva da indústria petrolífera. Como se não bastasse somente isso, está segunda maior economia da América Portuguesa tem que ser pilhada pelo governo federal em 1/3 do seu PIB, dos quais voltam pouco mais de 10%. O Rio de Janeiro, por mais que seus críticos queiram crer, não é um estado sustentado pelo Brasil, e muito menos por quaisquer um de seus entes federados que também sofrem das mesmas injustiças centralizadoras desta federação perversa. Apesar de termos que pagar tão caro para fazer parte do Brasil, nossos governantes ainda contribuem para piorar a nossa situação financeira a longo prazo contraindo dívidas com a união a juros vantajosos somente para o governo federal. E o pior: com o próprio dinheiro que aqui foi recolhido pelo estado brasileiro!
 Um Rio de Janeiro independente do Brasil deve ser um país dinâmico; deve ter suas próprias leis e costumes que favoreçam uma maior aproximação comercial com outras nações de forte desenvolvimento econômico. As leis brasileiras não favorecem os acordos de livre comércio com qualquer entidade estrangeira por nenhuma entidade federativa, pois estamos vassalos dos interesses de Brasília; que não custa lembrar: simboliza os interesses do Brasil, diferente dos nossos. Antes de tudo, é preciso cativar em nosso estado um pensamento mais independente do Brasil para que a independência política ocorra de fato; mostrar o quão prejudicial é para a nossa sociedade essa dependência dos interesses da capital federal, distante demais dos nossos.
 A diversificação econômica do Rio de Janeiro pode estar num contexto de autonomia em relação ao país a qual atualmente somos uma colônia. A partilha dos royalties do petróleo só mostrou uma pequena parte de como o Rio de Janeiro é tratado pelo Brasil, mas a situação vai muito além disto. Portanto, uma economia forte para um território pequeno quanto o deste estado só é possível com autonomia, um estado independente dos interesses que martirizam sua vida econômica em nome dessa união forçada, que muitas vezes não deixa esconder o seu caráter desrespeitoso e até  preconceituoso para com o povo fluminense. Como diz o ditado: o buraco é muito mais em baixo; ou seja: não é só pelos royalties! - mas os royalties tem que ficar aqui! 

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